Parlamento venezuelano quer impedir governo de pressionar a imprensa

Politica

De acordo com parlamentares de oposição, a intenção é condicionar a liberdade de imprensa

O parlamento venezuelano acusou hoje (4) o governo do presidente Nicolás Maduro de "ameaçar" duas estações de televisão e limitar o acesso dos jornais a papel para impressão. De acordo com parlamentares de oposição, a intenção é condicionar a liberdade de imprensa.

"Parece-nos que a Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel) recebe ordens do presidente da República, que publicamente tem ameaçado a Televén e a Globovisión (estações de televisão) pela linha editorial que têm", denunciou o presidente da Comissão de Meios de Comunicação da Assembleia Nacional, Tomás Guanipa.

Segundo Guanipa, como parte dessas pressões, uma comissão da Conatel visitou, dia 1º de fevereiro, o canal privado de notícias Globovisión, à procura de informações sobre assuntos de rotina de trabalho do canal.

Tomás Guanipa adiantou que o parlamento apresentará, nas próximas duas semanas, uma proposta prioritária para reformar as atuais leis de Telecomunicações e de Responsabilidade em Rádio e Televisão, popularmente conhecida como "Lei Mordaça".

"(O parlamento) lutará para que os meios de comunicação possam ser livres e para que nenhum governo possa ter o controlo da informação (...) A liberdade passa pelo acesso que o venezuelano comum possa ter à informação objetiva, de distintas visões de um mesmo problema e que seja ele quem fixe posição e não o que um governo quer impor através do amedrontamento, de um mecanismo ou de uma determina linha", disse o presidente da comissão da assembleia.

Representantes do parlamento venezuelano, de maioria oposicionista, solicitou aos principais canais de televisão e rádios do país que informem em que situação estão quanto a renovações de licenças de emissão, "visitas e atuações intempestivas" de funcionários da Conatel.

Segundo Tomás Guanipa, o parlamento criou uma comissão para ouvir Hugo Cabezas, presidente do Complexo Editorial Alfredo Maneiro, criado pelo regime para distribuir papel aos jornais e que é acusado de monopolizar e limitar a venda do produto.

A Câmara de Jornais da Venezuela já se queixou de que 86 jornais estão em perigo de extinção por causa da falta de papel.

A imprensa venezuelana acusa Hugo Cabezas de ter ordenado aos jornais que reduzam 60% da tiragem, porque houve um "plano de poupança e um novo cronograma de distribuição de papel".

Desde 2003 vigora na Venezuela um sistema de controle cambial que impede a livre obtenção local de moeda estrangeira no país, o que dificulta as importações de papel e obriga os editores a procurar o complexo editorial para se abastecer de papel. Com informações da Agência Brasil.

Anuncio patrocinado

::. Novidade : Boletos passam a ser compensados no mesmo dia a partir de 15 de março
::. Regularização : Saiba como regularizar o seu CPF
::. POlicia : Brasileiro condenado por estupro de criança é preso nos EUA, diz governo americano
::. Economia : Projeção do Boletim Focus de alta do PIB de 2023 salta de 2,31% para 2,56%
::. Mundo : "Mordi". Criança de seis anos escapa a tentativa de rapto em Miami
::. Cripto : Bitcoin e criptomoedas: Tudo o que você precisa saber para ganhar dinheiro com essa nova moeda
::. Salario : Governo prevê salário mínimo de R$ 1.389 em 2024, sem ganho real
::. Policia : Aluno de 13 anos esfaqueia três professoras e um menino em escola de SP
::. Parceria : Deputada federal Simone Marquetto firma parceria com a Delegada da Mulher para fortalecer rede de enfrentamento contra violência
::. Instagram jefersonbrunoficial : Prefeito Jeferson Brun informa sobre desativação da Casa Rais

© Copyright 2019 Folha de Itapetininga - Todos os direitos reservados - Criado DM